sábado, 7 de janeiro de 2012

08 de janeiro de 1990, segunda feira.

Esta data ficará marcada para sempre como uma nova fase que se iniciava em minha vida. Neste dia, comecei a plantar uma sementinha que aos poucos fui regando e cuidando com todo cuidado e carinho para chegar até os dias de hoje e dizer com toda a confiança que valeu a pena.

Oito de janeiro de 1990: neste dia pisei pela primeira vez dentro de um Dojo para fazer minha primeira aula de Karate-Do. Tudo era novidade, cada movimento que passavam ia me chamando a atenção e eu ia me perguntando: - “SERÁ QUE VOU CONSEGUIR APRENDER ISTO?” Mas quando terminou a primeira aula não via à hora de chegar depressa na quarta-feira para estar ali de novo apesar de não ter nem kimono, mas a sensação de estar ali aprendendo aquelas coisas me encantava e o tempo foi seguindo e a cada dia, cada aula que passava me apaixonava cada vez mais por aquela Arte.

Sensei Rosemi morava em Passos e vinha nos finais de semana e quem ministrava as aulas durante a semana era um dos meus melhores amigos, já que ele foi um dos primeiros alunos do Dojo e o que mais se destacou Sensei Rosemi o nomeou para ministrar aulas durante a semana para o Dojo não ficar fechado. “Olha que este amigo insistiu muito para que eu começasse a treinar”, pois eu, nos meus dezesseis anos de idade estava me perdendo em bagunças e brigas, um valentão, que não tinha nem tamanho, achava que era bravo e forte, mas se tomasse um tapa cairia longe. Mas depois de tanto ele insistir acabei indo. Até a porta fui meio cismado, mas quando fiz a minha primeira aula nunca mais consegui parar! Estou até hoje e pretendo continuar pelo resto da minha vida se Deus assim me permitir.

Estava aqui a me perguntar: - será que valeu a pena? Tantos anos e tanto tempo dedicados a esta Arte?

Nem bem terminei de me perguntar e logo veio a resposta na minha mente em forma de pergunta:

- Muitas coisas insignificantes ficaram para trás; - quantos lugares não conheci, graças às viagens que precisei fazer e ainda continuo fazendo? - quantos amigos que já conquistei e quantos com certeza ainda estarão por vir? - quantas oportunidades já não surgiram em minha vida? E hoje, aquela sementinha que plantei lá atrás já se tornou uma árvore e já produziu frutos: - Tenho aqui o meu Dojo e quantos alunos já não passaram por aqui? E cada um do seu jeito foi construindo também a sua história. Recentemente uma se tornou faixa preta, alcançou uma parte do seu objetivo, encheu o nosso Dojo de alegria e este Sensei aqui de orgulho. E assim, contei aqui um pouco da minha trajetória dentro desta Arte. Se fosse contar todas as Histórias e todas as minhas experiências e aprendizados teria que escrever um livro.

Amanhã, 08 de janeiro de 2012, completarão 22 anos de caminhada e aprendizado dentro desta Nobre Arte.

Agradeço a Deus pela oportunidade e pela força para seguir em frente e agradeço a todos os meus amigos, professores (que são muitos), alunos e familiares por fazerem parte da minha história. Não citarei nomes aqui porque também para agradecer a todo mundo citando nomes teria que escrever outro livro. Peço a Deus Bênçãos, Paz e saúde para seguir em frente e continuar a rabiscando a minha história.

KARATE-DO: “O caminho das Mãos vazias” – “SÓ QUE O PRATICA, CONHECE A FORÇA QUE TEM”

Sensei Rovilson José do Nascimento, faixa preta 3º Dan, 22 anos de aprendizado

Onegaishumasu/Oshi Shinobu
Ah: aprendi que a verdadeira força é aquela que existe dentro de nós mesmos e que o verdadeiro valentão é aquele que sabe respeitar o espaço e o direito do próximo.

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