segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Bases (Posturas)

Tachi Waza  立ち技  

É a parte do caratê que estuda a forma de como posicionar pés e pernas em relação ao tronco. Tão importante quanto um golpe é estar bem plantado ao solo, pois nenhum golpe será forte o suficiente se o lutador não estiver estável. Todas as artes marciais tornam mister o estudo das bases; assim como boxe ou chuan fa, o caratê tem uma disciplina de estudo que se ocupa com as bases, que são organizadas segundo altura, a princípio.
Como a arte marcial baseia-se no uso controlado da energia do próprio lutador, bem como do eventual adversário, para poder bem canalizar essa energia (nos ataques e defesas), faz-se necessário um adequado e firme posicionamento.
Segundo a filosofia de buscar sempre a evolução, o praticante da arte deve sempre dar bastante atenção às bases, pois são elas que canalizarão a energia ao ponto focal de cada técnica: tal qual um triângulo, que se apoia numa base e tem um único ponto superior a concentrar as forças, assim o praticante deve executar seus movimentos. Um carateca experiente luta contra um adversário mas não contra a energia (Ki).
Conforme o praticante avança um pé ou outro, as bases variam entre migi ( direita) e hidari ( esquerda); conforme a guarda em relação ao oponente, gyaku hanmi (逆半身?) e oi hanmi (追い半身?).


Bases Altas

As posturas altas do Caratê servem a dois propósitos precípuos: apresentação e execução de técnicas. Em sinal de respeito, todo lutador deve manter-se em posturas sóbrias e firmes. Assim, por exemplo, em Musubi Dashi fazem-se os cumprimentos e reverências, pois a postura, com as pernas eretas e os pés juntos e abertos, demonstra a quem está à frente não tem intenções de ataque, ou Heiko dachi, que demonstra ao mestre que o aluno está apto e atento a seus comandos.
Por outro lado, as bases elevadas, quando executadas em luta, estão mais conectadas às origens do caratê como arte de combate - jutsu ( arte?) -. É que o lutador, ao enfrentar um adversário, procura sempre manter-se menos exposto e suscetível a ataques, tanto é assim que os estilos mais achegados às origens guardam a execução de técnicas em base mais altas. O próprio mestre Gichin Funakoshi, logo no início da divulgação de seu estilo, apresentava este tipo. Todavia, quando a arte marcial por razões filosóficas passou a ser mais vista como uma doutrina de evolução da pessoa - dô ( caminho, maneira) -, visando mais a parte atlética e educacional, as bases mais baixas tornaram-se preferenciais.
As posturas elevadas são, por assim dizer, um ponto de partida, pois delas saem as demais bases. Ainda durante uma luta, o praticante sai e retorna para uma postura elevada constantemente, ou seja, são as posições fundamentais e na aplicação (num enfrentamento real) guardam estreita relação com as bases médias.
Um ponto fraco, contudo, reside no fato de tais posturas deixarem o centro de gravidade relativamente vulnerável, isto é, o lutador está mais sujeito a desequilíbrio.
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Heisoku dachi


Heisoku dachi (閉足立ち) é formada com os pés e as pernas permanecem paralelos e unidos. Aparentemente simples, a postura possibilita ao lutador tomar noção mais precisa da linha central de seu corpo, o que possibilita intuir o campo de abrangência das técnicas de ataque e defesa. Todas as demais bases derivam dela, por exemplo, abrindo-se os pés em 45°, obtém-se Musubi dachi, ou, na sequência, fazendo paralelos os pés, obtém-se heiko dachi e assim por diante.
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Musubi dachi


Musubi dachi (結び立ち) é formado desde Heisoku dachi mantendo-se juntos os calcanhares e as pernas, mas com os pés um ângulo de 45º, aproximadamente, mas diferentemente daquela, cujos significado e aplicações são vários e dependentes da situação concreta, o escopo precípuo de Musubi dachi é estabelecer uma consciência, estabilidade de guarda, a qual proporciona (em si mesma) proteção em várias direções ao mesmo tempo. Destarte, as relações do budô, ao fazer cumprimentos e/ou reconhecimentos e, bem assim, no começo e no fim dum kata, são sempre feitas nesta posição, sempre pronto para um ataque. A posição é usada em saudações no início e término dos treinos.
Existe, por outro lado, um outro sentido mais amplo para a base. É que a palavra musubi é geralmente escrita com caracteres que significam para "concluir" ou "fechar", mas pode também ser escrita com caracteres que querem dizer "inúmeros" ou "infinito". Neste aspecto, portanto, o conceito da base traria consigo a conotação de infinitas possibilidades ou que o lutador está preparado para enfrentar quaisquer situações, de luta ou não.
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Heiko dachi
           

Heiko dachi (平行立ち) é uma postura bastante natural, permanecendo paralelos tanto pés quanto pernas à distância dos ombros.
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Hachiji dachi


Hachiji dachi (八字立ち) é formada numa postura bastante natural, com pernas eretas e paralelas à distância dos ombros e os pés abertos em aproximadamente 45°. Devido a essa naturalidade, frequentemente denomina-se a postura como shizentai (自然体) ou shizentai dachi (自然体立), cuja tradução é "postura natural". Todavia, Shizentai é mais afeta a um conjunto de postura e atitue, uma evolução natural do treinamento que começa com Kamae.
Na maioria dos estilos, assim é tratada a base, porém, no estilo Kyokushin, ela é conhecida por fudo dashi.

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Uchi hachiji dachi


Uchi hachiji dachi (内八字立ち) é composta desde a base hachiji dachi, mas invertendo-se as posições dos pés para dentro, isto é, o vértice do ângulo mudam do calcanhar para a ponta dos pés.

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Sanchin dachi


Sanchin dashi (三戦立ち) é composta de forma parecida à moroashi dachi, o um pé avança somente até a distância de outro pé. Mas o pé avançado aponta para dentro e os joelhos ficam flexionados para dentro e os pés pressionam firme o chão. O tronco fica ereto. E os quadris contraem. Contrai também a musculatura das coxas e nádegas, no fito de travar o tanden. Esta postura proporciona excelente solidez para a execução de técnicas defensivas e evasivas, que devem ser realizadas controle da respiração (ibuki), cuja finalidade é o correto trabalho da energia (ki).
A estabilidade da postura é advinda da largura lateral da abertura das pernas e de sua distância e conformação dos pés, proporcionando solidez tanto na direção esquerda-direita quanto frente-trás e, bem assim, deixa o lutador em posição confortável para o giro da cintura e aplicação de golpes das pernas e das mãos. Como as pernas ficam flexionadas para dentro, outra característica da base é a proteção do ventre e da virilha.

Sanchin shime:

Alguns estilos utilizam da base como forma de testar a postura e sua resistência e também a concentração do carateca. Enquanto é executado o kata, são direcionados ataques ao lutador ao fim de cada kyodo, ou seja, na base o lutador desfere um soco e exatamente no fim desse movimento é feita a verificação, quando o praticante estará em sua maior tensão.

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Teiji dachi


Teiji dashi (丁字立ち) é feita com apoio maior do corpo no pé traseiro, que fica posicionado num ângulo de 90º em relação ao dianteiro, com o calcanhar do pé frontal, em caso de recuo, tocando o meio do pé traseiro. O nome da base vem da forma do caractere kanji .

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Renoji dachi


Renoji dashi (レの字立ち) é feita, como em teji dashi, com apoio maior do copro no pé traseiro, que fica posicionado num ângulo de 90º em relação ao dianteiro. A distância entre os pés é a largura dos ombros, ficando o pé frontal apontado diretamente para frente. Caso seja necessário recuar, o pé dianteiro tem possibilidade de o fazer, tocando-se os calcanhares. O nome da base vem da forma do caractere kanji .

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Ukiashi dachi


Ukiashi dashi (受足立ち) é, de certa modo, a consequência do relaxamento da base nekoashi dashi e em muito se parece com Renoji dashi, mas a perna frontal permanece com o pé apoiado em koshi e o peso apoia-se mormente na perna traseira.


Bases baixas

As origens das posturas baixas remontam aos estilos de Wushu do sul da China, de Cantão, que possuem até hoje posturas bem rentes ao chão, haja vista que as artes marciais praticadas na região priorizam métodos mais pragmáticos e menos acrobáticos (em contraposição àquelas praticadas no norte do país), com ênfase em técnicas de mão potentes, chutes baixos rápidos buscando manter sempre uma posição estável e mais vantajosa em relação ao adversário. Diz uma lenda que como o sul da China tem mais pântanos e água, remava-se mais, desenvolvendo mais seus braços. Desta feita, com posturas mais baixas, liberam-se os membros superiores para agir mormente com velocidade, força e agilidade.
No Caratê moderno, as bases baixas são preferidas para treinamento, eis que desenvolvem mais o lado atlético do praticante. O escopo de tais bases é proporcionar estabilidade extra para execução de técnicas de ataque e defesa, ou para execução de técnicas específicas como, por exemplo, um soco perpendicular para baixo, que deve ser executado em shiko dachi.
Servem ainda para estender os ataques, isto é, saindo de uma posição alta ou média, o carateca tem como atingir seu adversário sem, contudo, perder a estabilidade e, posto que sofra um contra-ataque, tem condições de o absorver sem ter que se deslocar em excesso. Quando bem executadas, são eficazes em repeleir ataques aos equilíbrio.
Como o centro de gravidade está mais próximo ao solo, nas bases mais baixas há a possibilidade de aplicar técnicas de nage waza e katame waza e subjugar o oponente.


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Enoji dachi



Enoji dachi (えの字立ち) o nome faz referência à forma que as pernas assumem, flexionadas ambas em aproximadamente 45º. As pernas ficam parecidas ao kanji 
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Shiko dachi



Shiko dashi (四股立ち), ou sumo dashi (相撲立ち), distribui o peso do praticante distribui-se igualmente entre as pernas. A base é muito parecida à Kiba dachi, pero os pés ficam apontando para fora à razão de 45º, aproximadamente. Além de a postura proporcionar a movimentação lateral da cintura e deslocamentos, há a possibilidade de o praticante também desferir um ataque diretamente para baixo.
Variações do Shiko Dashi:
Shiko dashi Chacaku - Feito com o tronco na postura de 45º. 
Shiko dashi Chocaku - Feito com o tronco na postura de 90º (Utilizada nos ataques do kata Taikyoko Gedan Dai Ni).
Shiko dashi Heikaku - Feito em 180º (os pés ficam paralelos com o tronco voltado para a frente).
Nio dachi (仁王立ち Niō dachi) é parecida com shiko dachi, mas os pés ficam mais abertos.

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Kokutsu dachi



Kokutsu dashi (後屈立ち postura retro-flexionada), ou nigeashi dachi (逃足立ち), tem como principal característica é sua estrutura semelhante à da Zenkutsu dachi mas de forma contrária, com o praticante mirando em direção ao pé de trás. Com isso, a transição para uma postura mais ofensiva é bastante favorecida e eventuais contragolpes são potencializados, pois, tanto a transição quanto o ataque tornam-se bstante muito fluidos com o giro da cintura. Ou, caso seja necessário mudar o foco para outro adversário que ataque pela retaguarda, a alteração será bastante natural. Aproveitado sua vocação defensiva, há grande proteção à articulação do joelho da perna frontal, que tem condições de absorver um ataque direto com a flexão rápida e, bem assim, contra rasteiras.
No estilo Shotokan-ryu, a base é conhecida por alguns como gyaku zenkutsu dachi e aparece nos katas Enpi e Heian godan (tradicional); não é treinada senão na execução dos katas.

Han kokutsu dashi (半後屈立ち) ou Sho kokutsu dachi (小後屈立ち) é uma variante da base kokutsu dashi, co'a mesma abertura de ukiashi dachi executa-se a base na forma de sokutsu dachi, em que pese o nome ser kokutsu. É mormente praticada no estilo goju-ryu.

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Nekoashi dachi




Nekoashi dashi (猫足立ち) é conhecida como a "postura do gato", em cuja disposição favorece a relação tensão/flexão das articulações, devido ao fato de o lutador permanecer numa forma em que parece um felino, pronto para uma ação. E, posto que o peso do praticante apresenta-se pouco mais concentrado na perna traseira, estas podem rapidamente mover-se. A base compartilha a mesma abertura e posição dos pés de ukiashi dachi.
No estilo Shotokan-ryu, a base aparece no kata Wankan; já nos shito-Ryu, goju-ryu e outros em que as bases são mais altas, ela é mais comum.

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Zenkutsu dachi




Zenkutsu dashi (前屈立ち) é formada com o praticante apoiando na perna dianteira, na proporção de 60% a 70% nesta perna; de abertura longa, a distância entre as pernas e mesma das bases kokutsu dashi, kiba dashi ou Shiko dashi. Trata-se de uma postura avançada e ofensiva. Sua estrutura é concebida para a cobertura de grandes áreas no escopo de fazer penetrar as técnicas ofensivas e interceptar possíveis contra-ataques.
Um particularidade do estilo Shotokan-ryu é que há duas formas de executar a base: uma postura velha e uma nova. Segundo as visões das linhagens mais tradicionalistas dos estilos, como Shotokan-Ryu, e Shito-Ryu, mantendo-se mais fiéis ao Shuri-te, o pé frontal posiciona-se levemente para dentro e o traseiro, para frente, com a articulação do joelho inflexível na perna traseira, enquanto a outra (frontal) articula-se de molde a deixar a perna perpendicular ao solo, formando ângulo de 90° com o pé. Ao movimentar-se, o praticante, aprovitando da tensão imposta ao pé traseiro, aproveita essa energia impulsionando o corpo com a partekoshi do pé; para finalizar o momvimento, da base Ayumi dachi o praticante desloca livremente a perna avançada na abertura da base heiko dashi até o ponto final, ainda relaxado, e, encaixando a cintura, acerta a postura, já novamente tensionada.

Dai zenkutsu dachi ou Yaya fukai zenkutsu dachi (やや深い前屈立ち) é um "aprofundamento" da base zenkutsu dachi, com o corpo pouco mais deslocado para frente.


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Han zenkutsu dachi


Han zenkutsu dashi (半前屈立ち), Sho zenkutsu dashi (小前屈立) ou Futsu dachi (二立ち?)[a], é uma modificação da base zenkutsu dachi na qual, em relação à base Moto Dachi, alguns recuam ou avançam ligeiramente inferior a distância entre os pés, mantendo, contudo, a inflexão do joelho na perna traseira é reta no joelho; no entanto a divergência precípua é de que em Moto Dachi o praticante relaxa a articulação do joelho da perna traseira, permanecendo tencionada emZenkutsu Dachi. No estilo Goju-ryu, é comum. Aparece nos katas: Bassai, do estilho Shotokan; matsukaze, do Shito-ryu.


Bases médias

As posturas de média altura têm por escopo reunir o melhor das altas e baixas, ou mobilidade e estabilidade. Ainda que as bases altas possibilitem maior fluidez no deslocamento e as baixas, maior firmeza, durante um kumite, as bases médias mostram-se mais adequadas a uma situação de enfrentamento, pois permitem aliar as duas características e são mais naturalmente assumidas.
Filosoficamente, ensina-se que o "caminho do meio" é o mais seguro, ou seja, não se deve priorizar os extremos, nem para mais, nem para menos.
Esta óptica não é particular aos povos orientais. Cita-se, como exemplo, os ensinamentos de Moisés, no Egito, ou os do Rambam, de Espanha. De igual modo, o karateka, quando em kumite (ou qualquer outra situação), deve assumir uma base média, restar sereno, pois poderá recuar para uma base alta ou ser ofensivo numa base baixa. As bases médias o ponto de convergência das técnicas, altas e baixas.

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Moto dachi




Moto dashi (基立ち) possui a distância entre os pés é de aproximadamente dois pés, restando as pernas ligeiramente flexionadas e abertas lateralmente à largura dos ombros, o pé dianteiro aponta para frente e o traseiro, pouco aberto. Nesta base na maioria dos estilos compõe-se a postura básica para enfrentamento.
No estilo shotokan-ryu, a base aparece no kata Heian shodan; já nos shito-ryu, goju-ryu e outros nos quais as basses são mais altas, é mais comum.
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Bases de transição ou especiais

As bases de transição possuem um fito próprio, que é de assegurar ao praticante a coerência de seus movimentos, de seu deslocamento, ao garantir a estabilidade. Mesmo que okarateka esteja num instante intermediário da execução de qualquer técnica de ataque ou defesa, não pode ele olvidar que no enfrentamento de um adversário pode ser surpreendido com um contragolpe.
Há técnicas específicas para atacar uma base mal formada, exemplo do ashi barai. Assim este tipo de postura, ainda que aparentemente simples, guarda complexidade, pois evita ataques diretos à estabilidade do lutador, pois ao se desestruturar uma base, o lutador natural e inconscientemente buscará restabelecer seu equilíbrio, o que fatalmente propiciará ao adversário uma abertura de sua guarda.
Ataques e defesas são em sua grande maioria aplicados de pé, entretanto, pode haver circunstâncias em que tais posturas não se mostrem viáveis, o que demandam estar o lutador preparado para agir a qualquer momento. Exemplo, a posição Seiza, que é mais praticada em rituais, possui grande estabilidade e permite o lutador aplicar técnicas contra um advserário de pé.

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Ayumi dachi



Ayumi dashi (歩み立ち) faz-se com o tronco ereto mas com os joelhos flexionados, baixando o centro de gravidade. Na grande parte das vezes é executada ao se movimentar,é uma postura intermediária - o que é denotado de seu próprio nome ("postura de passo", numa tradução livre) -. Uma vez que o carateca deve manter-se sempre estável e não variar seu centro de gravidade ao caminhar, tanto avançando quanto recuando, executa-se a base na metade do deslocamento. Outro fito da base são o controle e a conservação da energia, evitando seu desperdício com a eliminação de variações parasitárias da altura e, bem assim, ao assimilar alguns ataques de agarramentos e arremeços (katame waza/ne waza e nage waza).
Noutras artes marciais, como Kendo, a postura é chamada por aymui ashi. Por outro lado, em caratê trata-se mesmo de uma base, haja vista que ela é usada em treinamentos de kihons ou técnicas específicas, como é o caso de mae gueri, em decorrência de o centro de gravidade já se encontrar baixo, sendo ayumi ashiuma forma de movimentação.

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Kosa dachi




Kosa dashi (交差立ち) é feita despondo-se o pé da frente plantado firmemente no chão enquanto o de trás recai apenas sobre os dedos, em koshi. Normalmente, a base é usada para recuperação após um salto, mas também pode ser útil como uma manobra tática para um chute com o pé escondido, ou ti pivô evasivo. Aparece no kata Jion.
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Seiza




Seiza (正座) é feita em posição genuflexa, permanecendo o budoca sentado sobre as panturilhas.



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Aguraza

Aguraza (胡坐座) faz-se com o praticante a sentar de pernas cruzadas mas com o tronco ereto.

Kamae

Kamae (構え?) é de facto uma postura, eis que as técnicas de tachi são estudadas para aprimorar o posicionamento do corpo, com ênfase em como as pernas se alinham e os pés se plantam, mas a postura kamae relaciona-se com o corpo por inteiro, isto é, como o lutador se coloca com pés, tronco, cabeça, mãos etc. para um enfrentamento. Kamae é conhecida comumente como posição de guarda.
Trata-se em verdade de um termo genérico, segundo o contexto: quando se tratar de postura pró-ativa é kokoro gamae (心構え?); se for sefensiva, mi gamae (身構え?). Hodiernamente, os diferentes estilos (inclusive outras modalidades de artes marciais) usam o vocábulo para denominar uma postura genérica de combate, posto que haja muitas posições diferentes de preparação, apesar de se dizer que em caratê não existe kamae.
Esta postura, além de denotar como o lutador se posiciona, apontar como o lutador se comporta, seu estado de espírito, que deve estar preparado para agir e reagir conforme cada circunstância: Kamae não está no corpo mas na mente.
A posição de kamae mais básica é baseada em musubi dachi, colocando-se os braços retos, a mão direita direita por sob a esquerda, as palmas voltadas para baixo e os braços retos a cobrir a região da virilha, aproximadamente; a concentração está situada na linha de cintura, no centro do corpo (tanden). Sua criação na atual forma é creditada ao sensei Chojun Miyagi, fundador do estilo Goju-ryu, após muitos anos de investigação. Esta postura, segundo o mestre, tem o fito precípuo de facilitar a rápida movimentação, para outra postura, ofensiva ou defensiva, e é o ponto inicial e final de execução de katas em vários estilos.
Existe também a postura básica de enfrentamento, ou hanmi no kamae (半身の構え postura de guarda?), a qual apresenta duas variações precípuas, uma baseada em moto dachi(mais comum no estilo Shotokan) e outra, em teiji dachi.


Tanden

Tanden (丹田?) é a parte focal do praticante da arte marcial (não só do caratê mas quaisquer outras), isto, contudo, não signifca um conceito geométrico, não significa tão-somente o centro de equilíbrio ou centro de gravidade, apesar de a metáfora ser bem-vinda. Partindo desta óptica, o carateca fará de seu corpo o ponto central de onde e opor onde todas as técnicas de posicionamento, postura, ataque e defesa emergirão e convergirão, pois tendo um norte a seguir a pessoa não se perde nas várias técnicas possíveis diante da situação de treinamento ou de enfrentamento. O tanden possibilita o controle.
§  Kikai
§  Seika

Hara

Hara (?), segundo os ensinamentos medicinais tradicionais de China e Japão, é a área situada entre plexo solar e pélvis, que sempre foi considerada muito importante, posto ser um dos centros de energia do corpo, ao que se servia como área dignóstico. De igual forma o Caratê enxerga grande importância no hara. Assim, sucede que, no Japão, os termos Tandene Hara são pouco diferenciados e de certa forma intercambiaveis.
Tanto em treino quanto em combate real ou tão-somente a concentrar-se, seguindo os preceitos das escolas Zen, a pessoa deve estar tranquila e a técnica para tal é focada no hara, na respiração, que é feita no abdômen, isto é, deve-se controlar a respiração de molde a não sobrecarregar o corpo e deixá-lo ainda mais pressionado e a se permanecer num estado desprovido de emoção.
Trata-se do ponto através do qual todo e qualquer técnica provém ou se conduz: ou um ataque sai dele; uma defesa afasta um ataque; as pernas sustentam o corpo. Se um lutador tenta executar um ataque usando apenas braço ou perna, suas técnicas serão fracas, pois energia será desperdiçada, pois usada somente pelo membro, mas, se se conseguir conectar o movimento ao hara, o corpo inteiro será usado e a técnica será poderosa.

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